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Muitas empresas fracassam na avaliação de fusões e aquisições
Fusões e aquisições podem ser um grande risco para os acionistas.
Fusões e aquisições podem ser um grande risco para os acionistas. É o que revela pesquisa realizada pelo Hay Group em mais de 20 países, com cerca de 560 líderes. O estudo aponta que as companhias cometem falhas em períodos cruciais do processo e que muitas delas poderiam ser evitadas se fossem avaliados e gerenciados pontos importantes como o capital humano, relacional e organizacional das empresas que pretendem comprar.
Das empresas compradoras, 31% falham ao conduzir avaliações dos intangíveis nas companhias-alvo. No Brasil, 23% das empresas fracassam nesse processo. E ainda, apenas 25% do tempo do período de due diligence é gasto na avaliação dos intangíveis, sendo o maior esforço destinado aos aspectos financeiros.
Para aqueles que de fato conduzem uma revisão do capital intangível durante uma fusão ou aquisição, 70% consideram que a operação teve sucesso, contra apenas 30% das companhias que não realizaram essa etapa do processo.
Segundo Vicente Gomes, diretor do Hay Group, dos executivos ouvidos, 66% acreditam que se tivessem destinado mais tempo aos aspectos intangíveis teriam aumentado as chances de sucesso no negócio. Entre os brasileiros, essa porcentagem sobe para 93%.
Por conta disso, 61% dos executivos nos países ouvidos planejam ampliar o foco nesses ativos na próxima transação. Contraditoriamente, no Brasil, apenas 53% dos líderes afirmam que se preocuparão com esses aspectos daqui pra frente, mesmo sabendo que a avaliação poderia mudar os rumos das fusões e aquisições.